Curso Entendendo o Aprendizado Canino em Belo Horizonte MG

Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo com Max Macedo em Belo Horizonte Minas Gerais

Título: [OPORTUNIDADE] Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo com Max Macedo em Belo Horizonte Minas Gerais
Criado em 22/06/2017 - Publicado em - Atualizado em 03/06/2020
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O Curso online Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo! com Max Macedo é o resultado de vinte e cinco anos de pesquisas, análises, estudos e muita experiência na área de adestramento canino. O curso é dividido em três módulos com aulas teóricas e técnicas para compreender completamente a maneira como os cães pensam.

Esse curso abrange desde informações históricas sobre os cães, sobre o seu adestramento, sobre o comportamento e neurociência, até as técnicas mais modernas e sofisticadas existentes no mundo, tudo apresentado de maneira extremamente fundamentada.

Aulas ministradas pelo adestrador e médico veterinário Max Macedo.

Dono do afeto de milhares de brasileiros, os animais de estimação representam um valioso mercado para vários segmentos de negócios: Pet Food (alimento), Pet Vet (medicamentos veterinários), Pet Serv (serviços e cuidados com os animais), e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza).

O setor cresce consistentemente, ano a ano. Calcula a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) que o Brasil fature neste ano a cifra de R$ 15,4 bilhões. Um aumento de 8,3% em relação a 2012, permanecendo em segundo lugar em nível mundial, atrás dos Estados Unidos. Em valores globais, o setor deverá chegar à marca de U$ 102 bilhões. De 2012 para 2013, o faturamento de Pet Serv deverá aumentar 24,5%, de Pet Food, 4,9%, de Pet Care, 5,2% e Pet Vet, 6,7%.

Em termos de mercado doméstico, quanto à população de animais de estimação, o Brasil se classifica em quarto lugar no ranking mundial: a Abinpet estima que são 37,1 milhões de cães, 26,5 milhões de peixes, 21,3 milhões de gatos, 19,1 milhões de aves e 2,7 milhões de outros animais que movimenta o setor.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO do Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo com Max Macedo em Belo Horizonte MG

Esse curso abrange desde informações históricas sobre os cães, sobre o seu adestramento, sobre o comportamento e neurociência, até as técnicas mais modernas e sofisticadas existentes no mundo, tudo apresentado de maneira extremamente fundamentada.

Para quem é destinado o Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo - Max Macedo

Público Alvo (Profissional)

  • Curso destinado para Adestradores de cães
  • Curso destinado para Dog Walker (Passeadores de Cães)
  • Curso destinado para Proprietários de Canil
  • Curso destinado para Policiais (Guarda/Patrulha Canina, Detecção de Drogas, Farejadores, Sistema Prisional)
  • Curso destinado para Cães de competição, provas tipo: Agility, CT (cães de trabalho) IPO, Faro, Caça, obediência e proteção.
  • Curso destinado para Cães Pastores para pastorear animais no campo/sítio/fazendas.
  • Curso destinado para Veterinários
  • Curso destinado para Pet Shop
  • Curso destinado para Hotel e Creche para cães.

Público Alvo (Diverso)

  • Curso destinado para Proprietários que queiram adestrar próprio cão.
  • Profissionalizar: Público que deseja se tornar um adestrador (Mercado em expansão, oportunidade de negócio, alta procura, ótimas rendas, empreendedor).
  • Cães de Guarda para residência (proprietário que queira treinar seu próprio cão).
  • Proprietários que queiram resolver problemas de convívio com os cães.

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QUEM ESTÁ ORGANIZANDO O Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo - Max Macedo

Max Macedo Max Macedo é Médico Veterinário formado pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2000, 1º Tenente da Reserva do Exército Brasileiro, chefiou a Seção de Cães de Guerra da 4ª Companhia de Polícia do Exército de 2001 a 2008, Juiz de Provas de Trabalho do Clube Brasileiro do Pastor Alemão – CBPA, criador de cães Pastores Alemães para trabalho – Canil Sadonana, figurante de formação e de provas oficiais, instrutor de cães policiais e militares, competidor internacional, treina cães desde 1992.

Desde a mais tenra infância envolvido e apaixonado pelos animais, lidou com cães por toda a vida, devido as origens rurais familiares, e a antiga cultura de criação e manejo de cães de caça na fazenda.

Em 1988 ganhou sua primeira cadela da raça Pastor Alemão, de nome Diana; em 1992 nasce Apache, o cão que desperta de fato a paixão pelo treinamento de alta performance e o faz mergulhar no universo das competições de adestramento.

Em 1993 entra em sua primeira prova de adestramento e, desde então, a busca por melhores resultados torna-se obsessão, ficando cada vez mais nítida a necessidade de desenvolvimento de um trabalho mais motivacional, do qual foi pioneiro no Brasil.

Em 1994 inicia seu contato com a criação do cão Pastor Alemão, ao se associar ao Canil Sadonana, canil este até então focado em cães para exposição. Esta nova paixão, a criação, toma a partir de então proporções tão grandes quanto a do treinamento de alto desempenho.

Com base em relatos de alguns conhecidos do meio que já haviam assistido a campeonatos mundiais e alemães de adestramento, e, observando a progressiva dificuldade em conseguir um outro cão com os atributos do Apache, descobre dentro da raça Pastor Alemão a existência de um tipo de cão mais adequado ao treinamento e desempenho, já que os encontrados no Brasil cada vez mais se distanciavam de sua antiga capacidade de aprendizado e atributos físicos e mentais: a agora denominada “linhagem de trabalho”, o que, de fato, não passa do antigo cão preconizado pelo idealizador da raça Pastor Alemão, Max vom Stephanitz, e que aos poucos foi perdendo seu espaço frente ao apelo da moda dos modernos cães de beleza e exposição.

Em 1995, devido ao seu trabalho motivado destoante do observado na época, Apache destaca-se na obediência do Campeonato Brasileiro de Adestramento, realizado no Canil Central da Polícia Militar do Estado de São Paulo, arrancando aplausos do público, e, posiciona-se em 8º Lugar geral Individual, entre 42 conjuntos de todos o Brasil.

Em 1997 mais uma vez Apache marca época no Campeonato Brasileiro de Adestramento, em Taubaté – SP, com uma prova de obediência considerada impressionante para aqueles tempos:

Ainda em 1997, com ajuda do então 1º Tenente da FAB Ricardo ROQUETTI, e do Policial Federal Antônio Miranda, consegue, finalmente, iniciar a importação de algumas cadelas que seriam o pilar da criação do Pastor Alemão de Trabalho no Brasil: Xandra e Anja v.d. Sennequellen, oriundas da Landespolizeischule für Diensthundefüher – Stuckenbrok, Alemanha (Escola Estadual para Condutores de Cães de Serviço Policial de Nordrheinwestfallen), além de iniciar uma longa amizade com o policial alemão Werner Rapien, renomado instrutor da referida escola.

Conquistas importantes

Em 1998, Xandra, conduzida por Marcel Macedo, seu irmão, torna-se Campeã Brasileira na categoria CA (Cão Adestrado), conquistando também o troféu de Melhor Proteção do Campeonato, com 100 pontos.

Em 2000, Xandra, conduzida desta vez pelo próprio Max, torna-se Campeã Brasileira na categoria IPO1, conquistando também o troféu de Melhor Faro do Campeonato, com 94 pontos, e, marcando o campeonato com a diferença de desempenho em relação aos demais concorrentes, sobretudo no que tange a plástica, velocidade e beleza de apresentação na seção de obediência.

Em 2001 ingressou como Veterinário no Exército Brasileiro, onde pôde abrir seu leque de atuação, desenvolvendo estudos e experimentações na área de cães militares e policiais, buscando aplicar ao treinamento e emprego policial todo seu conhecimento adquirido no adestramento competitivo, trabalhando principalmente com cães de patrulhamento, detecção de narcóticos e, posteriormente, de explosivos.

Em 2003 o cão Ditto, conduzido pelo Soldado Albino, da 4ª Cia PE, ambos preparados por Max Macedo, sagrou-se Campeão Brasileiro Militar, competindo com 22 conjuntos policiais de todo o Brasil, fato inédito a cães do Exército Brasileiro, e, ainda conquistou o troféu de Melhor Proteção do Campeonato, com 98 pontos, entre 62 conjuntos civis e militares de todos o Brasil, num campeonato considerado histórico devido ao recorde de participantes.

Em 2004 confecciona o atual C-42-30, Caderno de Instrução de Cães de Guerra, que normatiza o emprego de Cães de Guerra pela Força Terrestre.

Em 2005 foi selecionado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública junto a mais outros 29 policiais de todo o Brasil, sendo apenas 2 do Exército Brasileiro, para comporem a primeira turma brasileira de Condutores de Cães de Detecção de Explosivos, ao curso ministrado por instrutores da Polícia dos Estados Unidos e Canadá, em convênio com o governo brasileiro, visando a preparação para os Jogos Panamericanos Rio 2007.

Em 2008, ao se desligar do Exército Brasileiro por término do tempo de serviço, funda a Companhia de Cães, empresa especializada na prestação de serviços de segurança pública e privada com cães, atuando no fornecimento de cães para empresas de segurança, forças policiais, instrução e treinamento de pessoal civil e militar e, na seleção e criação de cães para trabalho, sob a bandeira do Canil Sadonana, recordista brasileiro e no hemisfério sul em cães titulados nos diversos graus de trabalho, pódios em campeonatos nacionais e, resultados em campeonatos mundiais de trabalho.

Em 2009, conduzindo a cadela Avis v.d. Donnerbrücke, de propriedade de Maurício Luz, sagra-se, na categoria IPO3, 3º Lugar Geral no Campeonato Brasileiro, conquistando também o troféu de Melhor Faro do Campeonato, com 94 pontos, e, classificando-se entre os cinco representantes do Brasil para o Campeonato Mundial de Trabalho da Raça Pastor Alemão da União Mundial de Clubes do Pastor Alemão (WUSV), em Krefeld, Alemanha. A seleção brasileira termina o Campeonato Mundial em 12º Lugar Geral por Equipes, entre 42 países de todo o mundo, um feito histórico.

Em 2011, conduzindo o cão Agent v. Wolfsheim, também de Maurício Luz, conquista o Vice-Campeonato da 1ª Seletiva Anual para o Campeonato Mundial WUSV 2011, e, Melhor Proteção da competição, com 95 pontos. Ainda em 2011, conquistam, Max e Agent, o troféu de Melhor Proteção do Campeonato Brasileiro e Campeonato Latino-americano, com 97 pontos. Nesse ano, Max e Agent, são selecionados para o time brasileiro que representou o Brasil no Campeonato Mundial WUSV 2011, em Kiew, Ucrania.

Em 2012, em uma prova histórica julgada pelo juiz de trabalho e policial alemão Wilfried Tautz, e com atuação do figurante do campeonato alemão, Christian Mieck, conquista os troféus de Melhor Obediência do Campeonato Brasileiro, com 92 pontos, e, a notável Melhor Proteção do Campeonato Brasileiro, com 100 pontos.

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Curso Entendendo o Aprendizado Canino: O Guia Definitivo com Max Macedo
Cidade: Belo Horizonte
Estado - País: Minas Gerais - BRA
Url:
Dados de Belo Horizonte - MG
Area em km2= 331
Populacao = 2375151
PIB Per Capta = R$ 32844

HISTORIA

A fundação da capital

Até o século XVII, o atual estado de Minas Gerais era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos bandeirantes procedentes de São Paulo, que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas[18].

Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas assenhoradas pelo bandeirante Paulista Bartolomeu Bueno da Silva (mais tarde Anhanguera II), veio seu primo e futuro genro, João Leite da Silva Ortiz, à procura de ouro. Ele ocupou, em 1701, a Serra dos Congonhas (mais tarde Serra do Curral) e suas encostas, onde estabeleceu a Fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del Rei. No local, desenvolveu uma pequena plantação e criou gado, com numerosa escravatura.[19] O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a carta de sesmaria foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio".[20] Conforme trecho da carta de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho

Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da Bahia e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas.

Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha, o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a catedral), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas.[23] Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes.

Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780,[26] mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a 4 000 moradores já ao fim do século XIX.

O seguinte trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época

Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares.[27] O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual

A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade.[29] Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte

O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.

Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Ao 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.

O projeto de Aarão Reis

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeira[31][32]; outras como terceira, após Teresina e Aracaju[33][34]). Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.

Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895:

Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial.[30] A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann.[30] Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.

A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.

Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, principalmente para Venda Nova. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.

A expansão

A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.[35] A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.

Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.

Entre as décadas de 1930 e 1940 houve o avanço da industrialização, além da criação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio de Vasconcelos também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.

Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.[36] Na década de 1960, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a Belo Horizonte, como Sabará, Ibirité, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.

A história recente

A década de 1980 foi marcada pela valorização da memória da cidade, com a alteração na orientação do crescimento. Vários edifícios de importância histórica foram tombados. Foi iniciada a implantação do metrô de superfície. Iniciada em 1984 e concluída em 1997, a canalização do Ribeirão Arrudas pôs fim ao problema das enchentes ao centro da capital. Contudo, vários problemas surgiram e alguns permaneceram. Um deles foi a degradação da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, que se tornara um lago praticamente morto devido à poluição de suas águas.[38] A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da ditadura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo Neves, na época governador do estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo pós-moderno, especialmente na afluente Zona Sul da cidade, graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por Éolo Maia. Na mesma década, a cidade também passou a ser servida pelo Aeroporto Internacional de Confins, localizado no município de Confins, a 38 km do centro da capital.

Em 1980, aproximadamente 850 000 pessoas tomaram a então Praça Israel Pinheiro (conhecida como Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. Diante da multidão de fiéis e da vista privilegiada da cidade, o papa ali exclamou: "Pode-se olhar as montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se olha para vocês, é que se deve dizer: que belo horizonte!",[39] o que provavelmente colaborou para que a praça ficasse conhecida hoje por este nome.

No início da década de 90, a cidade era marcada pela pobreza e degradação, com 11% da sua população marcada pela miséria absoluta e com 20% das crianças sofrendo de desnutrição.[40] O restante da década de 1990 foi marcada pela valorização dos espaços urbanos e pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns. Espaços públicos como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o Parque Municipal, que se encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a frequentá-los e a cuidar de sua preservação.

Neste início do século XXI, Belo Horizonte tem se destacado pelo desenvolvimento do setor terciário da economia: o comércio, a prestação de serviços e setores de tecnologia de ponta (destaque para as áreas de biotecnologia e informática). Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte,[41] do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Google para a América Latina[42][43] e do moderno centro de convenções Expominas.

O turismo de eventos, com a realização de congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, tem fomentado o crescimento dos níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade também vem experimentando sucesso no setor artístico-cultural, principalmente pela políticas públicas e privadas de estímulo desse setor, como a realização de eventos fixos em nível internacional e o crescimento do número de salas de espetáculos, cinemas e galerias de arte. Por tudo isso, a cada ano a cidade se consolida como um novo polo nacional de cultura

A fundação da capital Antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral. O Arraial de Curral del Rei (1896). Até o século XVII, o atual estado de Minas Gerais era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos bandeirantes procedentes de São Paulo, que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas.[23] Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas assenhoradas pelo bandeirante Paulista Bartolomeu Bueno da Silva (mais tarde Anhanguera II), veio seu primo e futuro genro, João Leite da Silva Ortiz, à procura de ouro. Ele ocupou, em 1701, a Serra dos Congonhas (mais tarde Serra do Curral) e suas encostas, onde estabeleceu a Fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del Rei. No local, desenvolveu uma pequena plantação e criou gado, com numerosa escravatura.[24] O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a carta de sesmaria foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio".[25] Conforme trecho da carta de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho:[26] “ Faço saber aos q'. esta minha Carta de Sesmaria virem q', havendo respto. ao q'. por sua petição me enviou a dizer João Leyte da Silva, q'. ele suppte., em o ano passado de 1701 fabricou fazenda em as minas no distrito do Rio das Velhas em a paragem aonde chamão o Sercado, e na dita fazda. teve plantas e criações, de que sempre pagou dízimos e situou gado vacum, tudo em utelidade da fazenda real e conveniência dos minros. (…) ” Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da Bahia e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas.[27] Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha, o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a catedral), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas.[28] Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes.[29][30] Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780,[31] mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a 4 000 moradores já ao fim do século XIX.[29][30] O seguinte trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época:[30] “ A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rei está situada em campos amenos na extensa planície de sua serra donde manão imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o clima da região he temperado; a atmosphera he salutifera; está circulada de pedras e mais materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança. ” Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares.[32] O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual.[33] Comissão Construtora no campo de obras. Inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro de 1897. A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade.[34] Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.[29][30] O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.[35] Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Ao 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.[29][30] O projeto de Aarão Reis Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeira;[36][37] outras como terceira, após Teresina e Aracaju[38][39] e até a quarta, sendo Petrópolis a primeira[40]). Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.[36][37] Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895: “ Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 120 m x 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º. Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (…) ” Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895). Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial.[35] A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann.[35] Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.[35] A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.[35] Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, principalmente para Venda Nova. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.[35] A expansão Praça Sete e Avenida Afonso Pena em 1900. Vista parcial do centro de Belo Horizonte no início da década de 1930. Em primeiro plano, a avenida Afonso Pena. Praça Raul Soares, em 1936, logo após seu ajardinamento. Arquivo Nacional. Belo Horizonte, década de 1970. Arquivo Nacional. Região central da cidade em 2012. A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.[41] A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.[41] Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.[41] Entre as décadas de 1930 e 1940 houve o avanço da industrialização, além da criação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio de Vasconcelos também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.[42] Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.[42] Na década de 1960, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a Belo Horizonte, como Sabará, Ibirité, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.[43] A história recente A década de 1980 foi marcada pela valorização da memória da cidade, com a alteração na orientação do crescimento. Vários edifícios de importância histórica foram tombados. Foi iniciada a implantação do metrô de superfície. Iniciada em 1984 e concluída em 1997, a canalização do Ribeirão Arrudas pôs fim ao problema das enchentes ao centro da capital. Contudo, vários problemas surgiram e alguns permaneceram. Um deles foi a degradação da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, que se tornara um lago praticamente morto devido à poluição de suas águas.[44] A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da ditadura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo Neves, na época governador do estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo pós-moderno, especialmente na afluente Zona Sul da cidade, graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por Éolo Maia. Na mesma década, a cidade também passou a ser servida pelo Aeroporto Internacional de Confins, localizado no município de Confins, a 38 km do centro da capital.[44] Em 1980, aproximadamente 850 000 pessoas tomaram a então Praça Israel Pinheiro (conhecida como Praça do Papa) para receber o próprio Papa João Paulo II. Diante da multidão de fiéis e da vista privilegiada da cidade, o papa ali exclamou: "Pode-se olhar as montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se olha para vocês, é que se deve dizer: que belo horizonte!",[45] o que provavelmente colaborou para que a praça ficasse conhecida hoje por este nome. No início da década de 90, a cidade era marcada pela pobreza e degradação, com 11% da sua população marcada pela miséria absoluta e com 20% das crianças sofrendo de desnutrição.[46] O restante da década de 1990 foi marcada pela valorização dos espaços urbanos e pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns. Espaços públicos como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o Parque Municipal, que se encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a frequentá-los e a cuidar de sua preservação.[44] Neste início do século XXI, Belo Horizonte tem se destacado pelo desenvolvimento do setor terciário da economia: o comércio, a prestação de serviços e setores de tecnologia de ponta (destaque para as áreas de biotecnologia e informática). Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte,[47] do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Google para a América Latina[48][49] e do moderno centro de convenções Expominas.[50] O turismo de eventos, com a realização de congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, tem fomentado o crescimento dos níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade também vem experimentando sucesso no setor artístico-cultural, principalmente pela políticas públicas e privadas de estímulo desse setor, como a realização de eventos fixos em nível internacional e o crescimento do número de salas de espetáculos, cinemas e galerias de arte. Por tudo isso, a cada ano a cidade se consolida como um novo polo nacional de cultura.[51][52] Vista panorâmica de Belo Horizonte à noite.
ECONOMIA

Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do Brasil com 1,54% do PIB nacional,[8] atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, respectivamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 seu PIB somou R$ 81.426.708.267,07[8] o que equivale a aproximadamente 16,7% de toda produção de bens e serviços do estado.[132] Segundo dados do IBGE, em 2013, o PIB per capita do município foi de R$ 32 844,41.[9] Em fevereiro de 2014, capital possui 350.156 de empresas abertas, das quais 332.619 são matrizes e 17.537 são filiais, configurando o terceiro município com maior número de empresas em atividade no país.[133] Sua região metropolitana teve o um PIB calculado em R$ 188,54 bilhões em 2013, o que corresponde a 38,7% de todo o PIB mineiro.[134] Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB brasileiro. A influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais.[135] O município também está entre os sete municípios com a melhor infraestrutura do país.[136] Posicionada em um eixo logístico do Brasil, é servida por uma malha viária e ferroviária que a liga aos principais centros e portos do país. Recebe voos nacionais e internacionais pelo Aeroporto de Confins e voos nacionais e regionais pelo Aeroporto da Pampulha.

vUm dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias e administração pública.[137] Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor agropecuário representou apenas 0,0005% de todas as riquezas produzidas na cidade.[137] De acordo com estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego da capital mineira é a menor entre as capitais do Brasil, sendo o índice de 8,3%.

Setor secundário

As primeiras atividades produtivas que surgiram antecedem a fundação do município. O Arraial do Curral del-Rei produzia gêneros para o abastecimento da região mineradora, especialmente gado e produtos agrícolas. As primeiras atividades industriais surgiram no século XIX em Nova Lima, com a instalação da Saint John del Rey Mining Co., em 1834, e da Cia. Mineira de Fiação e Tecidos, em 1879, em Marzagão, distrito de Sabará. Outros empreendimentos surgiram, como um estabelecimento de fiação e tecelagem em 1838, no distrito de Neves Venda Nova; uma fundição de ferro e bronze em 1845, próximo à Lagoa Maria Dias, onde hoje é o cruzamento da avenida Paraná com a Rua Carijós, no centro de Belo Horizonte; uma fundição, no lugar denominado Cardoso, em 1885; e uma pequena manufatura de velas de sebo para fornecimento à Cia. de Morro Velho.

Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas multinacionais de bens de capital e a migração de indústrias para a área mineira da SUDENE, devido aos incentivos fiscais. A instalação da Refinaria Gabriel Passos, em 1968, aliada à instalação da FIAT Automóveis, em 1973, a primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande polo industrial no estado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.[140] A Fiat hoje lidera a produção e as vendas no mercado do país, tornando-se a mais importante unidade produtora fora da Itália. Sua planta de Betim é a maior produtora de veículos da empresa no mundo. A entrada em operação da montadora de veículos e seu gradativo aumento de produção foi extremamente importante para a consolidação do segmento de bens de capital e de bens de consumo duráveis em Minas Gerais.

As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas por um longo período de recessão e estagnação econômica. A cidade passou a desenvolver e abrigar um parque industrial baseado nas indústrias não-poluentes e de alta tecnologia, tornando-se um dos mais importantes polos industriais do país, com empresas de ponta nas áreas de confecção, calçados, informática, alimentação, aparelhos elétricos e eletrônicos, perfumaria e turismo de negócios com estruturas produtivas leves, ampla terceirização de atividades e grandes investimentos em marketing e publicidade.

Setor terciário

Com um diversificado setor de comércio e de prestação de serviços e contando com uma desenvolvida rede de hotéis, restaurantes e agências bancárias, Belo Horizonte é um dos principais polos de turismo de negócios do país, sediando importantes eventos nacionais e internacionais como o III Encontro das Américas em 1997,[143] o 26° Encontro Econômico Brasil-Alemanha em 1999,[144] a 47ª Reunião Anual do BID em 2006[145] e a Ecolatina em 2007.

No início do século XX, a cidade se destacou como centro de comércio de gado e de redistribuição de mercadorias, beneficiada pela localização estratégica como passagem dos caminhos do comércio viajante e pelo posicionamento equidistante dos grandes polos consumidores do país e principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e, a partir de 1960, Brasília. O diferencial de posicionamento permite que diversos tipos de eventos sejam captados para a capital mineira.[147] Belo Horizonte é também o portão de entrada para cidades históricas mineiras como Ouro Preto, Mariana, Sabará, Caeté, Santa Luzia, Congonhas, Diamantina, São João del-Rei e Tiradentes. Outro fator importante deve-se à presença de um setor de serviços bastante significativo e com infraestrutura capaz de atender aos seus habitantes e aos visitantes. A rede hoteleira tem observado um crescimento considerável. No ano de 2003, ainda em meio a uma crise, a ocupação média dos hotéis obteve índices de 40%.[147] Como exemplo, o parque hoteleiro apresentou crescimento de 40,15% no número total de unidades habitacionais entre 1998 e 2005 e um aumento no número de apart-hotéis. Operam em Belo Horizonte cerca de 150 estabelecimentos, incluindo grandes redes internacionais, como o Grupo Accor

Edifício do banco português Banif.

Recentemente, o município tem se destacado por sua capacidade de desenvolver duas modalidades de turismo: o turismo de eventos e o turismo cultural. Essa delineação do desenvolvimento do setor terciário da economia com o incremento do setor turístico integra a política de estímulo desse setor, que ganha reforços também no sucesso que a cidade vem experimentando na área artística-cultural.[144][148] A cidade tem realizado congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, causando uma grande movimentação na economia, aumentando os níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade já foi sede de importantes eventos internacionais, como o 47ª Reunião Anual do BID, a Ecolatina, o Encontro das Américas e o Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

No Estudo de competitividade dos destinos indutores do turismo nacional realizado em 2008 pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Sebrae, Belo Horizonte se destacou nos aspectos de infraestrutura geral, marketing e capacidade empresarial. No estudo, a cidade alcançou médias superiores a 70% em oito das 13 dimensões analisadas. A maior pontuação do município foi no aspecto capacidade empresarial, que teve no estudo 86,1% de aproveitamento. A média das capitais brasileiras ficou em 72,1% e a média Brasil no mesmo item foi de 51%. A avaliação neste aspecto verificou as variáveis de qualificação profissional, presença de grupos nacionais e internacionais do setor turístico, número de empresas de grande porte, filiais e/ou subsidiárias. Na dimensão infraestrutura geral, Belo Horizonte obteve 80,5% de aproveitamento, enquanto a média das capitais brasileiras foi 70,5% e a média Brasil foi de 63,3%. O estudo analisou a saúde pública, energia, comunicação e facilidades financeiras, além de segurança e urbanização. Na dimensão marketing, a cidade se destacou no estudo, obtendo 84,5% do aproveitamento, frente à média de 46,3% das outras capitais e a média nacional de 37,7%. Nesse aspecto, foram avaliados planejamento, participação em feiras e eventos, material promocional e website.

Muito do sucesso alcançado pela capital deve-se ao Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, organização cooperativa de marketing com finalidade de captar congressos, feiras, convenções e eventos nacionais para Belo Horizonte e atrair grupos organizadores de turistas para a capital.[147] A utilização desse potencial, porém, tem esbarrado nas deficiências na malha viária. A malha rodoviária que liga Belo Horizonte às cidades do estado de Minas Gerais e aos demais estados foi classificada recentemente como uma das piores do país quanto ao seu estado de conservação, segundo o SGP/DNER

Algumas informacões sobre a economia e população da cidade. A cidade de Belo Horizonte localizada no estado de Minas Gerais tem uma área de 331.4 de quilometros quadrados. A população total de Belo Horizonte é de 2375151 pessoas, sendo 1113513 homens e 1261638 mulheres. A população na área urbana de Belo Horizonte MG é de 2375151pessoas, já a população da árae rual é de 0 pessoas. A Densidade demográfica de Belo Horizonte MG é de 7167.02. A densidade demegráfica é a medida expressada pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressada em habitantes por quilômetro quadrado. Veja mais no link a seguir Densidade Demográfica Wikipedia. Outra informação que temos sobre a população de Belo Horizonte MG é que 18.93% tem entre 0 e 14 anos de idade; 72.38% tem entre 15 e 64 anos de idade; e 8.69% tem acima de 64 anos de idade. Conforme os dados, a maior população da cidade de Belo Horizonte localizada no estado de Minas Gerais são as pessoas de 15 a 64 anos de idade, ou seja, existem mais adultos no município. Em termos de ecnomia isso é bom pois tem mais pessoas trabalhando e gerando riqueza para o país. Algumas informacões sobre a economia e população da cidade. A cidade de Belo Horizonte localizada no estado de Minas Gerais tem uma área de 331.4 de quilometros quadrados. A população total de Belo Horizonte é de 2375151 pessoas, sendo 1113513 homens e 1261638 mulheres. A população na área urbana de Belo Horizonte MG é de 2375151pessoas, já a população da árae rual é de 0 pessoas. A Densidade demográfica de Belo Horizonte MG é de 7167.02. A densidade demegráfica é a medida expressada pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressada em habitantes por quilômetro quadrado. Veja mais no link a seguir Densidade Demográfica Wikipedia. Outra informação que temos sobre a população de Belo Horizonte MG é que 18.93% tem entre 0 e 14 anos de idade; 72.38% tem entre 15 e 64 anos de idade; e 8.69% tem acima de 64 anos de idade. Conforme os dados, a maior população da cidade de Belo Horizonte localizada no estado de Minas Gerais são as pessoas de 15 a 64 anos de idade, ou seja, existem mais adultos no município. Em termos de ecnomia isso é bom pois tem mais pessoas trabalhando e gerando riqueza para o país. Ver artigo principal: Economia de Belo Horizonte Vista da Avenida Afonso Pena. Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do Brasil com 1,54% do PIB nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, respectivamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 seu PIB somou R$ 81.426.708.267,07[135] o que equivale a aproximadamente 16,7% de toda produção de bens e serviços do estado.[136] Segundo dados do IBGE, em 2013, o PIB per capita do município foi de R$ 32 844,41.[137] Em fevereiro de 2014, capital possui 350.156 de empresas abertas, das quais 332.619 são matrizes e 17.537 são filiais, configurando o terceiro município com maior número de empresas em atividade no país.[138] Sua região metropolitana teve o um PIB calculado em R$ 188,54 bilhões em 2013, o que corresponde a 38,7% de todo o PIB mineiro.[139] Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB brasileiro. A influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais.[140] O município também está entre os sete municípios com a melhor infraestrutura do país.[141] Posicionada em um eixo logístico do Brasil, é servida por uma malha viária e ferroviária que a liga aos principais centros e portos do país. Recebe voos nacionais e internacionais pelo Aeroporto de Confins e voos nacionais e regionais pelo Aeroporto da Pampulha. Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias e administração pública.[142] Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor agropecuário representou apenas 0,0005% de todas as riquezas produzidas na cidade.[142] De acordo com estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego da capital mineira é a menor entre as capitais do Brasil, sendo o índice de 8,3%.[143] Setor secundário Sede da Usiminas. As primeiras atividades produtivas que surgiram antecedem a fundação do município. O Arraial do Curral del-Rei produzia gêneros para o abastecimento da região mineradora, especialmente gado e produtos agrícolas. As primeiras atividades industriais surgiram no século XIX em Nova Lima, com a instalação da Saint John del Rey Mining Co., em 1834, e da Cia. Mineira de Fiação e Tecidos, em 1879, em Marzagão, distrito de Sabará. Outros empreendimentos surgiram, como um estabelecimento de fiação e tecelagem em 1838, no distrito de Neves Venda Nova; uma fundição de ferro e bronze em 1845, próximo à Lagoa Maria Dias, onde hoje é o cruzamento da avenida Paraná com a Rua Carijós, no centro de Belo Horizonte; uma fundição, no lugar denominado Cardoso, em 1885; e uma pequena manufatura de velas de sebo para fornecimento à Cia. de Morro Velho.[144] Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas multinacionais de bens de capital e a migração de indústrias para a área mineira da SUDENE, devido aos incentivos fiscais. A instalação da Refinaria Gabriel Passos, em 1968, aliada à instalação da FIAT Automóveis, em 1973, a primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande polo industrial no estado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.[145] A Fiat hoje lidera a produção e as vendas no mercado do país, tornando-se a mais importante unidade produtora fora da Itália. Sua planta de Betim é a maior produtora de veículos da empresa no mundo. A entrada em operação da montadora de veículos e seu gradativo aumento de produção foi extremamente importante para a consolidação do segmento de bens de capital e de bens de consumo duráveis em Minas Gerais.[146] As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas por um longo período de recessão e estagnação econômica. A cidade passou a desenvolver e abrigar um parque industrial baseado nas indústrias não-poluentes e de alta tecnologia, tornando-se um dos mais importantes polos industriais do país, com empresas de ponta nas áreas de confecção, calçados, informática, alimentação, aparelhos elétricos e eletrônicos, perfumaria e turismo de negócios com estruturas produtivas leves, ampla terceirização de atividades e grandes investimentos em marketing e publicidade.[147] Setor terciário Praça Benjamin Guimarães. Com um diversificado setor de comércio e de prestação de serviços e contando com uma desenvolvida rede de hotéis, restaurantes e agências bancárias, Belo Horizonte é um dos principais polos de turismo de negócios do país, sediando importantes eventos nacionais e internacionais como o III Encontro das Américas em 1997,[148] o 26° Encontro Econômico Brasil-Alemanha em 1999,[149] a 47ª Reunião Anual do BID em 2006[150] e a Ecolatina em 2007.[151] No início do século XX, a cidade se destacou como centro de comércio de gado e de redistribuição de mercadorias, beneficiada pela localização estratégica como passagem dos caminhos do comércio viajante e pelo posicionamento equidistante dos grandes polos consumidores do país e principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e, a partir de 1960, Brasília. O diferencial de posicionamento permite que diversos tipos de eventos sejam captados para a capital mineira.[152] Belo Horizonte é também o portão de entrada para cidades históricas mineiras como Ouro Preto, Mariana, Sabará, Caeté, Santa Luzia, Congonhas, Diamantina, São João del-Rei e Tiradentes. Outro fator importante deve-se à presença de um setor de serviços bastante significativo e com infraestrutura capaz de atender aos seus habitantes e aos visitantes. A rede hoteleira tem observado um crescimento considerável. No ano de 2003, ainda em meio a uma crise, a ocupação média dos hotéis obteve índices de 40%.[152] Como exemplo, o parque hoteleiro apresentou crescimento de 40,15% no número total de unidades habitacionais entre 1998 e 2005 e um aumento no número de apart-hotéis. Operam em Belo Horizonte cerca de 150 estabelecimentos, incluindo grandes redes internacionais, como o Grupo Accor[152] BH Shopping. Recentemente, o município tem se destacado por sua capacidade de desenvolver duas modalidades de turismo: o turismo de eventos e o turismo cultural. Essa delineação do desenvolvimento do setor terciário da economia com o incremento do setor turístico integra a política de estímulo desse setor, que ganha reforços também no sucesso que a cidade vem experimentando na área artística-cultural.[149][153] A cidade tem realizado congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, causando uma grande movimentação na economia, aumentando os níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade já foi sede de importantes eventos internacionais, como o 47ª Reunião Anual do BID, a Ecolatina, o Encontro das Américas e o Encontro Econômico Brasil-Alemanha.[152] No Estudo de competitividade dos destinos indutores do turismo nacional realizado em 2008 pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Sebrae, Belo Horizonte se destacou nos aspectos de infraestrutura geral, marketing e capacidade empresarial. No estudo, a cidade alcançou médias superiores a 70% em oito das 13 dimensões analisadas. A maior pontuação do município foi no aspecto capacidade empresarial, que teve no estudo 86,1% de aproveitamento. A média das capitais brasileiras ficou em 72,1% e a média Brasil no mesmo item foi de 51%. A avaliação neste aspecto verificou as variáveis de qualificação profissional, presença de grupos nacionais e internacionais do setor turístico, número de empresas de grande porte, filiais e/ou subsidiárias. Na dimensão infraestrutura geral, Belo Horizonte obteve 80,5% de aproveitamento, enquanto a média das capitais brasileiras foi 70,5% e a média Brasil foi de 63,3%. O estudo analisou a saúde pública, energia, comunicação e facilidades financeiras, além de segurança e urbanização. Na dimensão marketing, a cidade se destacou no estudo, obtendo 84,5% do aproveitamento, frente à média de 46,3% das outras capitais e a média nacional de 37,7%. Nesse aspecto, foram avaliados planejamento, participação em feiras e eventos, material promocional e website.[154] Muito do sucesso alcançado pela capital deve-se ao Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, organização cooperativa de marketing com finalidade de captar congressos, feiras, convenções e eventos nacionais para Belo Horizonte e atrair grupos organizadores de turistas para a capital.[152] A utilização desse potencial, porém, tem esbarrado nas deficiências na malha viária. A malha rodoviária que liga Belo Horizonte às cidades do estado de Minas Gerais e aos demais estados foi classificada recentemente como uma das piores do país quanto ao seu estado de conservação, segundo o SGP/DNER.[152]
TURISMO

A responsável pelo setor cultural de Belo Horizonte é a Fundação Municipal de Cultura (FMC), criada pela Lei n.º 9011, de 1 de janeiro de 2005, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a Administração Pública Indireta do Município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições. Atualmente, a FMC é composta por 29 unidades culturais, sendo 17 centros culturais, cinco instituições de acervo, memória e referência cultural, cinco bibliotecas e dois teatros municipais

1 História 1.1 A fundação da capital 1.2 O projeto de Aarão Reis 1.3 A expansão 1.4 A história recente 2 Geografia 2.1 Região metropolitana 2.2 Geologia e hidrografia 2.3 Clima 2.4 Ecologia e meio ambiente 3 Demografia 3.1 Etnias e migração 3.2 Religião 4 Política 4.1 Relações exteriores e intermunicipais 4.1.1 Cidades-irmãs 4.1.2 Acordos de cooperação 5 Subdivisões 6 Economia 6.1 Setor secundário 6.2 Setor terciário 7 Infraestrutura 7.1 Saúde 7.2 Educação 7.3 Ciência e tecnologia 7.4 Segurança e criminalidade 7.5 Habitação, serviços e comunicação 7.6 Transporte 8 Cultura 8.1 Cinema 8.2 Música 8.3 Literatura e teatro 8.4 Tradições e folclore 8.5 Artes visuais 8.6 Arquitetura e patrimônio histórico 8.7 Esportes 8.8 Vida noturna e culinária 8.9 Feriados 9 Ver também 10 Referências 10.1 Bibliografia 11 Ligações externas

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Sobre Cursos EAD

Educação a distância (em inglês: distance education) é uma modalidade de educação mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não estão fisicamente presentes em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem.

A EaD, em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.

A EaD também é considerada um recurso que contempla as necessidades de desenvolvimento da autonomia do aluno. O desenvolvimento da autonomia é considerado, por teóricos tais como Jean Piaget e Constance Kamii, peça chave do processo de aprendizagem, no qual o aluno é o foco e o professor possui papel secundário, pois apenas orienta o aluno que por sua vez escolhe o ritmo e a maneira como quer estudar e aprender, de acordo com suas necessidades pessoais.

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